O ex-primeiro-ministro israelita Ehud Olmert foi condenado a seis anos de prisão por dois crimes de corrupção relacionados com especulação imobiliária, na manhã desta terça-feira. Olmert, que exerceu o cargo entre 2006 e 2008, será o primeiro ex-governante daquele país a cumprir pena de prisão.
“É um dia triste, no qual um severo e injusto veredicto vai ser aplicado a um homem inocente”, declarou Olmert à entrada para a leitura da sentença, num tribunal de Tel Aviv.
A 31 de março, Ehud Olmert tinha sido considerado culpado pelos crimes de corrupção de que era acusado. O ex-primeiro-ministro terá aceitado cerca de 157 mil euros para facilitar a construção de um condomínio habitacional de luxo em Jerusalém, o Holyland (Terra Santa), relata a Aljazeera.
Os crimes dizem respeito ao ano de 2006, quando Olmert era presidente da câmara de Jerusalém. Pouco depois, tornou-se primeiro-ministro, cargo de que foi obrigado a demitir-se em setembro de 2008, quando surgiram outras suspeitas de corrupção, das quais acabou por ser absolvido em 2012.
Durante a acusação, o juiz condenou “o sistema político corrupto que decaiu ao longo dos anos e no qual centenas de milhares de shekels (a moeda israelita) foram transferidos para funcionários governamentais”, lê-se no mesmo artigo da Aljazeera.
O projeto – descrito pelo The Jerusalem Post como “um dos mais luxuosos e caros da cidade” – envolveu a construção de uma torre com 30 andares e outros 340 fogos.
Nove outros funcionários públicos foram igualmente condenados a penas de prisão entre os três e os sete anos. Olmert deverá apresentar recurso da sentença.