Na conferência de imprensa após a conquista da Taça de Portugal, o terceiro troféu da temporada, Jorge Jesus recorreu às suas, já características, analogias para explicar o trabalho e os desafios diários de um treinador de futebol.
“Na minha profissão, a minha especialidade de treinador é uma área que o conhecimento dela envolve, muitas vezes, questões científicas. É verdade que passa por várias áreas, mas temos, hoje em dia, uma profissão onde tu tens de ser criativo”, começou por explicar Jorge Jesus.
E prosseguiu: “Um treinador é como um pintor. (…) Já contei esta história da Paula Rego: estive uma vez numa exposição e ela dizia-me a mim e às outras pessoas que era uma figura que se chamava Maria e que estava a chorar; ‘ah está a chorar?’ não via nada… mas ela sabia que estava a chorar. É como o treinador. Vocês não vêem muita coisa porque isto é criativo. Porque são muitas horas e horas de treino, a repetir a jogada, vai para trás, vai para a frente, passa nas costas. Tudo isto é um trabalho, não é só meter um jogador a jogar — meter o Cardozo ou o Rodrigo — que vai definir se a opção foi boa ou não. É um trabalho muito complicado, de muita paixão e muito conhecimento, que os treinadores têm de fazer durante a semana”, disse.
O desafio agora é encontrar o famoso quadro de Paula Rego. Uma das hipóteses é o “Mary Mary Quite Contrary II”, um quadro de 1989, que mostramos abaixo.
Mas como os treinadores, ou quase todos, também nós temos um plano B. Trata-se do tríptico “Maria, Maria e Madalena” de 1999, um trabalho que acolhe o olhar feminino com um enquadramento triangular de visões distintas. Contudo, não nos foi possível encontrar uma imagem.