Trabalhadores de empresas privadas de transporte rodoviário, de todo o país, iniciam esta madrugada uma greve de 24 horas em protesto contra o aumento do horário de trabalho e as reduções salariais, anunciaram os sindicatos.

A ação de protesto foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) deverá juntar cerca de sete mil trabalhadores de várias empresas de transporte rodoviário, nomeadamente da Barraqueiro, Transdev (norte) e da Arriva (sul).

Além de uma paralisação de 24 horas, com início às 03:00 de quinta-feira, os trabalhadores vão, igualmente, levar a cabo concentrações em Lisboa e no Porto. Em Lisboa, o protesto vai ter lugar junto ao Ministério da Economia, enquanto no Porto vai decorrer em frente à sede da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), entidade que representa as empresas privadas.

Em declarações à agência Lusa, Vítor Pereira, da FECTRANS, explicou que esta greve visa, essencialmente, protestar contra o aumento do horário de trabalho, verificado em muitas destas empresas. “É inaceitável o que se tem verificado. Está a tentar impor-se um aumento do horário de trabalho, com a denominação de tempo de disponibilidade, indo contra os direitos consagrados no contrato coletivo de trabalho”, criticou o sindicalista.

Vítor Pereira referiu que, devido ao tempo de disponibilidade, existem motoristas que estão a trabalhar mais de 15 horas por dia, sem receberem mais por isso. “Aqui também está em causa o descanso dos motoristas e a própria segurança dos passageiros”, sublinhou. O sindicalista disse ainda que já foram realizadas algumas reuniões com as administrações das empresas e com a ANTROP, mas ainda não foi possível encontrar uma solução.

A Lusa contactou a ANTROP, mas esta remeteu esclarecimentos para mais tarde.

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