O vice-presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro da Turquia apelaram, esta sexta-feira, à unidade interna no Iraque para conter a ofensiva do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que controla já várias zonas do país.

Na segunda conversa telefónica num espaço de três dias, Joe Biden e Recep Tayyip Erdogan abordaram o perigo que a crise no Iraque representa para a região depois de os jidahistas terem tomado, em poucos dias, o controlo de Mossul, a segunda cidade do país, e a província de Ninive (norte), aproveitando a retirada das forças de segurança, e de estarem a avançar para Bagdade.

Biden voltou a transmitir a Erdogan o apoio de Washington na ‘missão’ de libertação de dezenas funcionários do consulado turco, incluindo o cônsul, sequestrados em Mossul, informou a Casa Branca em comunicado. Os Estados Unidos consideram que o Iraque não aproveitou a oportunidade que lhes foi dada após a retirada das tropas para fortalecerem o país.

Quando as tropas norte-americanas deixaram o Iraque “depois de anos de sacrifício”, os iraquianos “tiveram uma oportunidade”, contudo, “ficou claro que não foram capazes de defender algumas cidades”, disse a porta-voz adjunta do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf.

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Esta sexta-feira, Barack Obama afirmou que não vai enviar forças terrestres para o Iraque, embora esteja a estudar opções para combater a ofensiva sunita.

“Não vamos enviar tropas americanas de volta para o combate no Iraque, mas pedi à minha equipa de segurança nacional para preparar uma série de outras opções que possam ajudar as forças de segurança do Iraque”, disse, advertindo, por outro lado, que cabe a este país sanar as suas divisões.

O grupo radical sunita do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que quer criar um emirado islâmico nesse país e na Síria, ameaçou prosseguir com “as suas conquistas” no Iraque.