Gary Hartstein, ex-médico da Fórmula Um, afirmou numa entrevista à revista alemã Bunte que não se devem “criar falsas esperanças” sobre a recuperação total das lesões cerebrais de Michael Schumacher.

Na semana passada, Michael Schumacher, 45 anos, foi transferido do hospital universitário de Grenoble para uma clínica de reabilitação de Laussanne, na Suíça, perto de uma das casas da família. Isto aconteceu após o ex-campeão de fórmula um ter passado quase seis meses num coma induzido devido ao acidente de ski que ocorreu quando Schumacher esquiava em França, em dezembro de 2013.

Sabine Kehm, gestora do piloto, anunciou que Schumacher já “não estava em coma” e que ia começar um longo processo de reabilitação na instituição hospitalar especializada em Lausanne.

Apesar de ter saído do coma, o piloto não pode falar. Durante a transferência para Lausanne diz-se que comunicou com a equipa de enfermeiros ao acenar com as mãos e que também manteve os olhos abertos durante longos períodos de tempo.

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Mesmo assim, o médico Gary Hartstein tem vindo a insistir que “não se devem criar falsas esperanças” sobre a hipótese de Schumacher recuperar totalmente. “Estas pessoas merecem alguma honestidade, não devemos andar com rodeios”, afirmou.

Nas redes sociais, Hartstein tem sido muito criticado por ser demasiado pessimista quanto às hipóteses de recuperação de Schumacher. Já no início deste mês, Hartstein escreveu no seu blogue que tinha “medo que não vá haver mais boas noticias”. No blogue sugeria que era improvável que Schumacher recuperasse a consciência e que iria morrer ou manter-se num estado de “coma acordado” para o resto da sua vida.

Também na semana passada, o neurologista suíço Erich Riederer afirmou ao jornal 20 Minuten que o piloto ia ficar inválido toda a sua vida e dependente da ajuda dos outros.