No dia internacional contra o abuso de drogas e tráfico ilícito, o Eurobarómetro disponibiliza dados que ajudam a definir o uso das chamadas “drogas legais” entre os jovens, dos 15 aos 24 anos, a viver na União Europeia. O estudo divulgado mostra que, em média, o consumo destas novas substâncias que imitam os efeitos das drogas ilícitas aumentou de 5%, em 2011, para 8% em 2014. Os níveis mais elevados correspondem ao território espanhol (de 5% para 13%), mas também chegam à Irlanda (de 16% para 22%) e ao Reino Unido (de 8 para 10%).

Relativamente a Portugal, as informações disponíveis apenas revelam que 93% nunca experimentou as “drogas legais” e que apenas 1% o fez nos últimos 30 dias (3% nos últimos 12 meses e outros 3% há mais de um ano).

Outros dados mostram que os jovens consideram ser mais fácil adquirir “drogas legais” ao invés de ecstasy e heroína: 15% disse que poderia obter as novas substâncias psicoativas “muito facilmente” ou “com alguma facilidade” num período de 24 horas. Entre estes, mais de dois em cada três conseguiu os produtos através de amigos (68%) e apenas 3% os adquiriu online.

Mais de metade dos inquiridos, 57%, acha que usar as substâncias em causa, ou até mesmo ecstasy, uma ou duas vezes pode representar um elevado risco para a saúde de uma pessoa e 62% tem a mesma perspectiva sobre o uso de cocaína. Apenas 21% considera que o uso de canábis, por uma ou duas vezes, proporciona riscos elevados, o que não impediu 17% das pessoas de ter consumido a droga nos últimos 12 meses, um aumento de 14% considerando o ano de 2011.

Se 35% das pessoas considera que as “drogas legais” deveriam ser proibidas em qualquer circunstância, já 47% faz o mesmo argumento caso as respetivas substâncias representem riscos para a saúde. Quanto à heroína, cocaína e ecstasy, a maioria dos inquiridos defende a sua proibição.

Os dados apresentados fazem parte de um estudo que ainda não foi publicado na sua totalidade, mas que será disponibilizado nas próximas semanas.

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