A Força Aérea israelita lançou, na madrugada desta terça-feira, uma operação de ataque a alvos na Faixa de Gaza, depois de, na segunda-feira ao fim do dia, terem sido descobertos os corpos de três adolescentes israelitas na Cisjordânia, que tinham sido raptados a 12 de junho.

O ataque iniciou-se às 2h locais (24h em Lisboa) e destinou-se a 34 “alvos de terror”, declarou um porta-voz das forças armadas israelitas. Só no espaço de dez minutos foram feitos pelo menos 25 ataques aéreos, referiu uma fonte do Hamas ao El Mundo. Pelo menos um palestino, de 16 anos, morreu, e outros quatro ficaram feridos, enquanto três foram detidos pelo exército israelita. Entretanto, da Faixa de Gaza também foram lançados durante a noite inúmeros rockets que apenas provocaram ferimentos ligeiros numa pessoa.

O presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas terá falado já ao início da manhã de terça-feira com responsáveis norte-americanos e europeus no sentido de impedir o aumento da ação militar de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Também esta manhã, quatro rockets foram lançados para Israel, elevando para 18 o número de dispositivos balísticos lançados da Faixa de Gaza desde a noite de domingo.

A decisão de lançar o ataque aéreo desta madrugada foi tomada numa reunião de emergência do Conselho de Segurança, liderado pelo primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, que na noite de segunda-feira tinha prometido uma reação forte contra o Hamas, que Israel culpa pela morte dos três adolescentes.

“Consideramos o Hamas responsável por estes raptos e mortes e saibam que vamos ajustar contas. Continuaremos a procurar os assassinos dos rapazes e não nos calaremos nem descansaremos enquanto não os detivermos. E isso vai acontecer”, declarou Moshe Ya’alon, ministro da defesa de Israel. Por seu turno, o líder do Meretz, um partido de esquerda, apelou à calma. “Tem de haver uma distinção entre os criminosos, que devem ser punidos por lei; e as forças moderadas da Autoridade Palestiniana – nomeadamente Mahmoud Abbas – que condenaram o rapto e apoiam a solução de dois estados”, disse.

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