O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira que foi concluída a transferência do arsenal químico transportado num cargueiro dinamarquês a partir da Síria para um navio norte-americano, e que a respetiva destruição será iniciada em breve.

“A transferência das armas químicas sírias do cargueiro dinamarquês Ark Futura para o navio norte-americano Cape Ray foi concluído”, informou hoje (quarta-feira nos Estados Unidos) em comunicado o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby.

O porta-voz indicou que o navio norte-americano partiu hoje do porto italiano de Gioia Tauro (Calabria, sul) até às águas internacionais no Mediterrâneo, onde começarão em breve as operações para neutralizar as 600 toneladas de arsenal químico. O Pentágono acrescentou que o processo vai prolongar-se durante “várias semanas”.

As operações de transferência do armamento para o navio norte-americano foram supervisionadas por 35 elementos da Marinha e 64 químicos do Centro Químico e Biológico Edgewood do exército dos Estados Unidos. Este último carregamento de armas químicas declaradas Pelo regime do Presidente sírio, Bashar al Asad, saiu no passado dia 23 de junho de território sírio para ser destruído no estrangeiro, em cumprimento do acordo internacional para desmantelar o arsenal.

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Para o transporte contribuiu a missão conjunta da ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), cuja diretora Sigrid Kaag, confirmou então que a última transferência de armas químicas é de 7,2 % do total declarado pelas autoridades sírias.

A Síria adotou a convenção sobre a proibição de armas químicas em outubro de 2013, no âmbito de um acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para evitar uma intervenção militar norte-americana de resposta à utilização por Damasco de gás sarin num ataque que fez 1.400 mortos.

A retirada das armas foi concluída com vários meses de atraso em relação ao calendário previsto, o que impossibilita o cumprimento do prazo de 30 de junho para a destruição de todas as armas químicas sírias.