Um ataque “terrorista” matou 14 soldados tunisinos perto da fronteira com a Argélia, na quarta-feira, que o Governo tunisino atribuiu esta quinta feira a islamitas que querem impedir a marcha do país para a democracia.

Este balanço de vítimas é o mais pesado da história dos militares da Tunísia.

O confronto ocorreu no Monte Chaambi, uma região montanhosa no centro-oeste tunisino, onde o Exército tenta neutralizar desde há ano e meio um grupo acusado de ligações à Al-Qaida, quando faltam três meses para a realização de eleições, que visam dotar o país de instituições regulares, mais de três anos depois da revolução.

O Ministério da Defesa pormenorizou que entre 40 a 60 “terroristas”, armados com metralhadoras, granadas e lança-granadas, dispararam na noite de quarta-feira, na hora do fim do jejum do Ramadão, sobre os soldados na região de Henchir El-Talla.

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Feito em duas frentes simultâneas, os ataques “custaram 14 mártires”, dos quais cinco morreram por tiro e nove queimados, quando a tenda em que se encontravam foi incendiada, disse à imprensa o responsável pelas operações terrestres do Exército, Souheil Chmengui, acrescentando que o incidente causou ainda ferimentos a 18 soldados.

O Governo decretou três dias de luto nacional.

Um soldado foi também dado como desaparecido e um dos atacantes, um tunisino, abatido, adiantaram.