O exército norte-americano vai proporcionar um tratamento de mudança de sexo ao soldado Chelsea Manning, que está a cumprir 35 anos de prisão por ter entregue documentos secretos do Departamento de Estado à organização Wikileaks, avança a imprensa internacional.

Com a decisão do Pentágono, Chelsea Manning – que antes se chamava Bradley – vai poder receber o tratamento hormonal necessário para mudar a sua fisiologia sexual masculina para o feminino, marcando o fim da batalha do soldado com as autoridades militares.

O Pentágono é agora obrigado a identificar Manning como mulher em todos os documentos militares. Como os juízes não autorizaram que Manning fosse transferida para uma prisão feminina ou civil, o Pentágono decidiu permitir o tratamento nas instalações da prisão em que se encontra. Depois de ter sido condenada à prisão por entregar 700 mil documentos à Wikileaks com comunicações secretas do Departamento de Estado, Bradley Manning anunciou que se identificava como mulher. A partir desse dia, o seu nome passou a ser Chelsea.

O Pentágono diagnosticou Manning com Perturbação de Identidade de Género (não identificação com o sexo que foi atribuído à nascença). Nos Estados Unidos da América, qualquer pessoa que seja diagnosticada desta forma é automaticamente expulsa do serviço militar, apesar de várias organizações de direitos civis apelarem a uma mudança no sistema. Nas últimas semanas, o Pentágono deu sinal de que pode estar a preparar uma nova regulamentação sobre este assunto, avança o El País.

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