Após o dia mais sangrento do conflito entre Israel e Gaza, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou ao “retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012”, entre os dois países.
O principal responsável pelo cessar-fogo de 2012, o ex-presidente egípcio, Mohamed Morsi já não está no poder. Agora, essa tarefa é da responsabilidade de um americano: John Kerry, secretário de Estado norte-americano, desloca-se, nesta segunda-feira, ao Cairo, capital do Egipto, para tentar garantir um acordo de cessar-fogo.
Numa declaração lida pelo presidente do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador ruandês Eugene-Richard Gasana, depois de uma reunião à porta fechada que durou duas horas, os 15 países-membros pediram o “retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012” entre as duas partes em conflito, lembrando que está gravemente preocupado com o “crescente número de vítimas mortais”.
Eugene-Richard Gasana também apelou ao ”respeito pelas leis humanitárias internacionais, especialmente as referentes à proteção de civis” e a “necessidade de melhorar a situação humanitária” em Gaza.
Mas nenhum destes apelos parece estar a surtir efeito do lado israelita. “Haverá calma em Gaza quando houver calma em Israel”, afirmou Ron Prosor, embaixador de Israel na ONU, numa referência aos rockets atirados pelo Hamas contra Israel. Prosor também desmentiu que um soldado israelita tenha sido capturado pelo braço armado do Hamas e reiterou que Israel “tem o direito de se defender”.
Na madrugada desta segunda-feira, um raide israelita matou mais nove palestinianos, tendo mais 16 pessoas mortas sido encontradas nos escombros de uma casa no sul da Faixa de Gaza. Ao todo, são mais de 500 o número de vítimas mortais desde o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, que começou a 8 de julho.