Os pais dos seis estudantes da Universidade Lusófona que morreram na praia do Meco na madrugada de 15 de dezembro de 2013 estiveram hoje à tarde reunidos, juntamente com o seu advogado, após o Ministério Público (MP) ter arquivado o processo, uma vez que da investigação não resultaram indícios da ocorrência de crime.

Fernanda Cristóvão, mãe de uma das vítimas, disse à agência Lusa que os pais “vão pedir a anulação do inquérito por falta de constituição de arguido e requer a abertura de instrução”.

De acordo com Fernanda Cristóvão, o requerimento a solicitar a nulidade do inquérito vai ser feito até 20 de setembro, data limite prevista na lei.

Segundo o advogado das famílias das vítimas do Meco, Vítor Parente Ribeiro, a nulidade do inquérito/investigação vai ser requerida para contestar que o único sobrevivente da tragédia, João Gouveia, não tenha sido constituído arguido.

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Fernanda Cristóvão adiantou que os pais vão “esgotar todas as hipóteses” possíveis na justiça portuguesa e admitiu recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

“Se esse [Tribunal Europeu dos Direitos Humanos] for o último recurso, obviamente que vamos até ao fim. Vamos esgotar todas as hipóteses que, em termos de justiça, portuguesa é permitido”, disse ainda.

A tragédia aconteceu em dezembro do ano passado, quando seis jovens foram arrastados por uma onda na praia do Meco, Sesimbra, tendo havido apenas um sobrevivente, João Gouveia.

O caso foi, quase de imediato, ligado a rituais de praxes, já que todos os jovens pertenciam à Comissão Oficial de Praxes Académicas da Lusófona (COPA).