A França vai fornecer armas ao exército curdo no Iraque “durante as próximas horas”, confirmou o presidente François Hollande, que já na passada quinta-feira tinha prometido ao presidente da região autónoma Curdistão, Massud Barzani, ajuda para combater “o grupo terrorista” Estado Islâmico (ex-ISIS).

“A situação catastrófica que enfrenta a população na região do Curdistão iraquiano exige a continuação e ampliação da mobilização da comunidade internacional”, lê-se num comunicado emitido na manhã desta quarta pelo Eliseu. Essa situação levou Hollande a decidir enviar “armas durante as próximas horas” para a região, à semelhança do que os Estados Unidos já começaram a fazer.

Os Estados Unidos, aliás, anunciaram também esta manhã o envio de mais 130 conselheiros militares, que o Pentágono esclarece não irem participar ativamente em combates, mas antes para avaliar a situação humanitária no terreno e prestar auxílio às tropas governamentais, que continuam envolvidos em violentos combates na zona de Sinjar, onde milhares de membros da comunidade yazidi estão ainda à espera de auxílio.

Entretanto, o ex-primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, afastado do cargo na passada segunda-feira, disse que a sua saída foi uma “conspiração preparada dentro e fora” do país, referindo-se às pressões que diversos líderes mundiais fizeram durante longo tempo para que Maliki saísse do poder. No comunicado de Hollande desta quarta, o presidente francês reitera o apoio ao primeiro-ministro empossado, al-Abadi e apela a que “rapidamente entre em funções um governo de união, representativo de todas as comunidades iraquianas, para lutar eficazmente contra o Estado Islâmico”.

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