“A Casa de Ramallah” é a nova incursão dos Artistas Unidos na dramaturgia do italiano Antonio Tarantino, e que o público vai poder ver no Teatro da Politécnica, a partir de 10 de setembro. A viagem teatral leva-nos até ao Médio Oriente em crise, mais concretamente à Palestina, onde se poderá seguir a vida de uma família normal até aos caminhos do terrorismo. Sempre entre o real e o absurdo, “A Casa de Ramallah” é interpretada por Andreia Bento, Nídia Roque e António Simão.
Famoso pelas telenovelas brasileiras, o “Rei do Gado”, ou melhor, António Fagundes, vai estar mais de um mês em Portugal com a peça de teatro “Tribos“. Entre os atores, todos brasileiros, está o filho de António Fagundes, que dará vida a Billy, que nasceu surdo no seio de uma família sem deficiências auditivas. “Tribos” é uma premiada comédia da autoria da inglesa Nina Raine, que “promete criar uma inusitada relação com a plateia – entreter, provocar e ao mesmo tempo entregar um extraordinário momento ao público”, pode ler-se na sinopse. A peça estreou em Londres, em 2010, com um elenco anglo-saxónico e, em 2012, venceu o New York Drama Critics Circle para melhor peça estrangeira. Estreia em Lisboa a 10 de setembro e segue depois para o Porto, Braga, Famalicão, Figueira da Foz e Vila Real.
A Companhia Olga Roriz abre a temporada com o espetáculo “Terra“, dia 13 de setembro no Teatro Joaquim Benite, em Almada. Pelas palavras da coreógrafa, trata-se de um projecto “telúrico que se divide e confunde entre a suspensão do corpo e do tempo” . O novo trabalho de dança de Olga Roriz debruça-se-sobre a “matéria viva em comunhão com o ser humano, perfeita e imperfeita, passiva ou conflituosa, delicada ou agreste – mas sempre em constante mutação, sempre nossa”.
A peça Táxis d`Os Nossos Dias continua a fazer sucesso, por isso vai viajar até cidades como Ponte de Sor, Montijo, Portalegre, Vila Real, Estarreja e Abrantes, entre outras. Da autoria de José Pinto Carneiro e Mário Cunha, a comédia foi criada a partir da novela da RTP1 com o mesmo nome. E assim nasceu a empresa Imperial Táxis, que se descobre, como o país, à beira da bancarrota. Sem dinheiro para pagar ordenados, a Central vê-se obrigada a pedir um resgate a uma banqueira alemã muito rigorosa, que impõe cortes profundos na despesa, redução de salário e despedimentos. O primeiro dos vários espetáculos acontece no Theatro Circo, em Braga, a 10 de setembro.
Na rentré do Teatro Aberto os espectadores poderão voltar a ver os espetáculos estreados em junho, entre eles A Acompanhante, de Cecília Ferreira. Com um sentido de humor apurado, a peça venceu o Grande Prémio de Teatro Português 2013, da Sociedade Portuguesa de Autores, e conta com a interpretação de Mónica Garnel. Em cena de 10 de setembro a 12 de outubro.
O programa da Gulbenkian “Próximo Futuro” trouxe a cultura da América Latina a Lisboa em força. A segunda parte da programação recomeçou em setembro e há pelo menos um espetáculo imperdível: “Otelo“. A versão de Jaime Lorca, Teresita Iacobelli e Christian Ortega para atores e marionetas da grande tragédia de Shakespeare abre o palco do Teatro Nacional D. Maria II a 16 e 17 de setembro e apresenta-se no dia 20 de setembro no Cine-teatro Louletano, no Algarve.
Com Pílades, e de novo sob a égide do teatro grego clássico, o Teatro da Cornucópia regressa a Pier Paolo Pasolini, poeta, escritor e um dos grandes cineastas italianos. O texto de Pasolini, com encenação de Luís Miguel Cintra, vai confrontar o público com a radical solidão de Pílades, o “poeta da diferença” que quer conquistar e transformar a cidade mas acaba derrotado pelas Euménides, as novas Fúrias do consumismo e do conformismo. Para ver no Teatro Nacional de São João, no Porto, de 15 de setembro a 5 de outubro.
“Albertine, o Continente Celeste” mostra-se no Teatro Carlos Alberto, no Porto, pela primeira vez, entre 26 de setembro e 5 de outubro. Trata-se de uma criação com texto original de Gonçalo Waddington que toma como ponto de partida a obra “Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcel Proust, e os trabalhos de alguns dos mais destacados físicos teóricos e cosmólogos dos nossos dias, como Stephen Hawking, Lee Smolin, Sean Carroll , Carlo Rovelli e Pedro G. Ferreira. Ao juntar arte e ciência, a ideia é refletir sobre a memória e o tempo. Com interpretações de Carla Maciel e Tiago Rodrigues, “Albertine, o Continente Celeste” chega ao Teatro são Luiz, em Lisboa, a 9 de outubro.
Nos espetáculos de humor, destaque para o regresso do Famous Humour Fest, que este ano se realiza nos dias 25, 26 e 27 de setembro na Lx Factory, em Lisboa. Logo no primeiro dia, Bruno Nogueira senta-se à conversa com o escritor e cronista Miguel Esteves Cardoso. No dia seguinte, Salvador Martinha vai discorrer sobre o Instagram, no dia 26. Diz ele que “o mundo é bonito, mas fica muito melhor com um filtro”. Para o último dia está reservado um espetáculo especial, “the best of the fest”, que vai juntar vários humoristas que já passaram pelo festival, como Nuno Markl, José Pedro Vasconcelos, Luís Franco-Bastos, Commedia a la Carte, António Raminhos e Eduardo Madeira.
No campo dos musicais, destaque para Cats, verdadeiro fenómeno de popularidade que se apresenta no Campo Pequeno, em Lisboa, entre 8 e 16 de outubro. Baseado na obra de TS Eliot “Old Possum’s Book of Practical Cats”, Cats é um musical sobre a vida de um grupo de gatos, com direito a música de Andrew Lloyd Webber.
Mas nem só de espetáculos se faz a rentrée. Se quer saber mais sobre os discos, livros, concertos, séries e filmes que aí vêm, clique aqui.