O presidente executivo do Lloyds Banking Group, António Horta Osório, considerou nesta quarta-feira que Ana Patricia Botín tem condições para fazer um “bom lugar” na presidência do Grupo Santander, sublinhando as suas “qualidades ímpares” em termos de carisma e visão.

“Tem qualidades ímpares em termos de carisma, em termos de visão, tem um grande desafio pela frente. Tem todas as condições para fazer um bom lugar e é uma escolha lógica”, afirmou António Horta Osório, em declarações aos jornalistas à saída da entrega do Prémio Champalimaud de Visão, em Lisboa, a propósito da nomeação de Ana Patricia Botín como presidente do Grupo Santander, sucedendo assim ao seu pai, Emilio Botín, que morreu hoje vítima de um ataque cardíaco.

Sublinhando que o Santander fica “muito bem entregue” e que sempre pensou que Ana Patricia Botín iria suceder ao pai, Horta Osório confessou que sempre pensou que Emilio Botín nunca que se iria reformar e “iria morrer a trabalhar”. Horta Osório voltou também a manifestar a sua tristeza pela “notícia súbita” da morte de Emilio Botín, reiterando que “foi o melhor banqueiro da sua geração”.

“Um homem extraordinário com o qual tive o prazer de privar durante 18 anos, conhecendo-o neste momento há 22 anos”, lembrou. Horta Osório foi convidado em 1993 por Emilio Botin para se juntar ao Santander, tendo criado o Banco Santander de Negócios Portugal (BSNP) e assumido depois o cargo de presidente executivo e, em 1996, acumulado as responsabilidades pelo grupo no Brasil.

Foi diretor-geral e membro do Comité de Direção do Banco Santander (Espanha) e presidente do Conselho de Administração do Banco Santander Totta. Entre outros cargos, foi vice-presidente executivo do Grupo Santander e presidente executivo do grupo no Reino Unido, cargo no qual foi substituído pela filha de Emilio Botín, Ana Patricia, que agora sucede ao pai na presidência do Santander.

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