O conselho de administração do Grupo Santander aprovou nesta quarta-feira a nomeação de Ana Patricia Botín como presidente da entidade, sucedendo assim ao seu pai que morreu hoje vítima de um ataque cardíaco. A decisão foi comunicada pelo grupo num comunicado remetido à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), o supervisor espanhol, depois da reunião do conselho de administração, que decorreu na Cidade Financeira Santander, nos arredores de Madrid.

O conselho de administração deu, assim, parecer positivo à recomendação feita, hoje de manhã, pela Comissão de Nomeações e Retribuições do Banco Santander, confirmando o que já se antecipava desde que a morte de Emílio Botín foi conhecida, hoje de manhã. O nome de Ana Patricia Botín já era apontado como sucessora do pai “há algum tempo”, segundo fontes financeiras, tendo o próprio Emílio Botín avançado com essa alternativa para a sua possível saída do cargo, em outubro, quando cumprisse 80 anos.

Atual responsável do Santander Reino Unido e membro não executivo do conselho de administração da Coca-Cola, Ana Patricia Botín, licenciada em Ciências Económicas, cumpre, em outubro, 54 anos. Chegou ao banco em 1989, depois de ter trabalhado durante sete anos no JP Morgan, tendo entre 2002 e 2010 assumido a presidência do Banesto.

Quando assumiu a responsabilidade das operações no Santander no Reino Unido, analistas consideraram que esta era a última fase de preparação para, eventualmente, assumir a presidência do grupo. Com a nomeação de Ana Patricia Botín – que assume as rédeas do maior banco da zona euro e de um dos maiores do mundo – mantém-se a tradição familiar no maior banco espanhol. Recorde-se que Emílio Botín, que morreu hoje, sucedeu ao pai e ao avô na presidência do grupo Santander.

A ida de Ana Patricia Botín para a sede do Santander em Espanha implicará que Nathan Bostock, que no passado dia 19 de agosto entrou no Santander UK como vice-conselheiro-delegado, assuma a liderança das operações britânicas.

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