Carlos Moedas é o único secretário de Estado entre cinco ex-primeiros-ministros, 19 ex-ministros e sete antigos comissários europeus. Apesar de ter conseguido uma pasta que se vai articular com as grandes orientações políticas de Juncker para os próximos cinco anos, a diferença nota-se em pormenores, como o comissário português ser o último num organograma divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia.

O novo comissário da Investigação, num esquema que parece estar organizado por ordem de importância, com Juncker no topo, seguido pelos seus vice-presidentes, está isolado na última fila, perto da hashtag #TeamJunckerEU que identifica a nova equipa do Twitter:

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Este esquema foi distribuído a todos os meios de comunicação ao mesmo tempo que Juncker anunciava a nova Comissão. A mesma ordem tem sido replicada noutros esquemas das instituições europeias, nomeadamente pelo Parlamento Europeu.

Segundo informação dada pelo gabinete de Juncker ao Observador, o critério usado para o esquema foi “a ordem protocolar”, ou seja, “a idade” das pessoas. Moedas, 44 anos, é o segundo mais novo, mas o mais novo dos comissários que não assumem nenhuma das vice-presidências. Na realidade o mais novo mesmo é Jyrki Katainen, de 42 anos, mas é um dos vice-presidentes e por isso aparece no topo.

Sabe-se que Jean-Claude Juncker terá pedido a Pedro Passos Coelho que enviasse Maria Luís Albuquerque para a sua equipa em Bruxelas e que esse nome terá sido equacionado por S. Bento, decidindo no final que era importante manter a ministra das Finanças até ao final do mandato. Albuquerque aliava a experiência ao facto de ser mulher, numa altura em que o luxemburguês precisava de conseguir o mínimo de nove mulheres na nova Comissão.

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