A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu esta quarta-feira que a Espanha é o maior exemplo de que as reformas e consolidação fiscal resultam e considerou que essa política deve ser seguida em toda a União Europeia.

“Conseguimos êxitos importantes com a política de reformas na Europa. Temos uma série de países, como por exemplo a Espanha, que demonstram que as reformas surtem efeito e trazem dinamismo” à economia, afirmou Merkel no início do seu discurso do debate de política geral, que decorre na Bundestag, a câmara baixa do parlamento alemão.

Mostrando-se “orgulhosa” por poder apresentar os orçamentos de 2015 sem novas dívidas, a chanceler alemã sublinhou a importância de “uma disciplina rigorosa de gastos” e defendeu que o que serve para a Alemanha serve para os parceiros europeus.

Merkel assumiu ainda o apoio de Berlim às recomendações da Comissão Europeia sobre a necessidade de ter “finanças sólidas e reformas” económicas, lembrando que os países da União Europeia têm de levar a sério os alertas do executivo europeu e assumir que “o principal risco para a recuperação [da economia] é o abandono das reformas”.

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Apesar do seu otimismo face aos “êxitos conseguidos”, a chanceler avisou que a situação ainda é “muito frágil” e lembrou que a UE não pode fechar os olhos às pesadas taxas de desemprego que se registam em muitos países, sobretudo entre os jovens.

“A luta contra o desemprego juvenil é um objetivo central”, sublinhou Angela Merkel, destacando a importância, face a este contexto, da cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 27, que se realiza em outubro, em Itália.