“Entendemos ser agora oportuno passar o testemunho a uma outra equipa de gestão mais alinhada com o projeto escolhido pelo acionista.” É desta forma que Vítor Bento justifica a decisão de abandonar a liderança do Novo Banco. Em mensagem enviada aos trabalhadores da instituição, o até agora presidente executivo não se alonga nos reais motivos que o levaram à saída, mas diz que “as coisas precipitaram-se muito rapidamente”.

“Entrei no então BES, juntamente com os Drs. José Honório e João Moreira Rato, a 14 de Julho, numa envolvente muito complexa e cheia de incertezas e perante uma situação que se afigurava com um futuro muito difícil, empenhados na recuperação do Banco e do seu prestígio. O que pressupunha, entre outras coisas, um razoável horizonte temporal para o efeito”, escreve Bento, para quem “estão praticamente resolvidas as questões mais complexas e desgastantes da transição do regime do Banco”.

E enumera o trabalho realizado: “Durante este período contribuímos para a estabilização do Banco, lançámos, com apoio da McKinsey, a elaboração de um plano de sustentabilidade, pusemos em curso a mudança de marca (por imperativo regulamentar), criámos as condições para a “normalização” do funcionamento interno e externo do Banco, definimos objetivos para o último trimestre e lançámos o processo orçamental para 2015, entre várias outras coisas.”

“Estou convicto de que esta mudança ocorre no momento mais oportuno para o efeito”, considera Bento, que se refere a Eduardo Stock da Cunha como “uma pessoa muito experiente no setor e um profissional reconhecido”.

Vítor Bento deixa ainda uma palavra de apreço aos trabalhadores do banco, “gente muito dedicada” que o leva a afirmar que “o Novo Banco será sempre uma grande instituição”.

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