O chefe das Forças Armadas dos Estados Unidos disse que o Presidente Barack Obama admitia enviar conselheiros militares para a frente de combate no Iraque, mas apenas “caso a caso”. As declarações proferidas esta terça-feira numa audição no Senado vão de encontro ao discurso de Barak Obama proferido na véspera do aniversário do 11 de setembro, em que afirmou não planear enviar tropas de combate mas conselheiros e formadores para apoiar as decisões das tropas militares no Iraque.

“Ele [Obama] pediu-me que o informasse de cada caso”, declarou o general de quatro estrelas, acrescentando que, no futuro, os combates no Iraque poderão necessitar do envio de tropas norte-americanas para dirigir os ataques aéreos contra as posições dos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico (EI). “Caso cheguemos a um ponto onde considere que os nossos conselheiros devem acompanhar as tropas iraquianas na sua ofensiva contra as posições do Estado Islâmico, será isso que recomendarei ao Presidente”, assegurou ainda o general. Porém, Barack Obama não se tem mostrado interessado em realizar uma ofensiva militar no Iraque. Passaram apenas dois anos e meio desde que as últimas tropas norte-americanas voltaram daquele país.

O responsável militar disse ainda que o general Lloyd Austin, que ordenou os atuais ‘raides’ aéreos no Iraque desencadeados a 8 de agosto, é favorável ao envio de tropas terrestres para permitir uma melhor precisão dos ataques da aviação militar ou dos ‘drones’ (aparelhos não pilotados). A questão colocou-se durante os ataques em torno da barragem de Mossul, depois retomada aos ‘jihadistas’. O general Austin tinha inicialmente admitido o envio de militares para o terreno com a missão de identificarem os alvos a bombardear, mas abandonou a ideia.

Cerca de 300 conselheiros militares norte-americanos acompanham atualmente as forças do exército iraquiano que combatem os radicais do Estado Islâmico, que protagonizaram uma ofensiva intensa no norte do país. Para breve está previsto o envio de outros 300 conselheiros militares dos EUA para o Iraque, com o general Dempsey a garantir que não possuem “qualquer vocação” para se envolverem diretamente nos combates. Obama aprovou ainda o envio de 1.600 tropas para o Iraque, com a missão de protegerem e embaixada e pessoal diplomático dos EUA e fornecerem treino militar ao exército de Bagdad.

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