Parece que o juramento de David Cameron, Ed Miliband e Nick Clegg surtiu efeito. Um dia depois de os líderes dos três principais partidos britânicos se terem comprometido a aumentar os poderes do Parlamento escocês em caso de vitória do “não”, diversas sondagens mostram que 52% dos eleitores não querem a independência da Escócia.
Segundo a sondagem realizada pelo jornal escocês Scotsman, são 52% a favor da campanha que apela ao “não” e 48% os que defendem a independência de terras escocesas. O Telegraph e o Scotish Daily Mail mostram números semelhantes. É na percentagem de eleitores indecisos que as sondagens divergem. O Scotsman escreve que, a 24 horas da votação, 14% dos eleitores ainda não decidiram se votam a favor ou contra a independência. Já o Telegraph diz que os indecisos são apenas 8%.
No último dia da campanha, numa carta dirigida à população escocesa, o primeiro-ministro escocês Alex Salmond pediu aos eleitores para se distanciarem dos argumentos políticos e das estatísticas que têm definido a campanha e para confiarem neles próprios na altura de votar, acrescentando que o poder de decidir o futuro do país está nas suas mãos.
“Já não há quase nada a dizer. As campanhas falarão por si. Ficamos apenas nós — as pessoas que vivem e trabalham aqui. As únicas pessoas com uma palavra a dizer. As pessoas que importam. As pessoas que, por algumas horas preciosas durante o dia da votação, têm nas suas mãos a autoridade, o poder, a soberania. É o momento mais poderoso que qualquer um de nós alguma vez irá ter. O futuro da Escócia — o nosso país nas nossas mãos”, pode-se ler na carta, citada pela BBC. “O que fazer? Apenas cada um de nós sabe. Quanto a mim, apenas peço isto: tomem uma decisão com a cabeça e consciência tranquilas”, conclui.