O Citius, a plataforma informática dos tribunais, terá de ser substituído daqui a três anos. O presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Rui Pereira, assumiu que o sistema “é uma plataforma que é muito insuficiente, muito instável, construída sobre uma linguagem informática muito datada e que não possibilita outros desenvolvimentos” e que “é urgente trabalhar na sua substituição, porque vai ter um bloqueio total em dois, no máximo três anos”.

De acordo com o Público, que cita o responsável que falou numa cerimónia realizada no Ministério da Justiça, a plataforma tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos anos por funcionários dos tribunais e os seus bloqueios não são novidade. Além dos “transtornos e problemas” das últimas semanas, o Citius já antes “bloqueava recorrentemente” e tinha problemas de segurança, que foram detetados pela Inspeção-Geral das Finanças.

Mas até ao lançamento de uma nova plataforma, há que resolver os problemas existentes com a atual, que está há cerca de duas semanas fora de funcionamento. Em declarações à Rádio Renascença, o secretário de Estado da Justiça, António Costa Moura, confirmou que, “num horizonte de três semanas, quatro no limite”, o Citius deverá estar a funcionar em pleno. A semana passada, António Costa Moura admitiu que não havia uma data fixa para que o portal voltasse a funcionar.

Segundo informações que foram dadas a alguns dos juízes que dirigem as novas comarcas, a distribuição eletrónica de processos aos magistrados — que deveria ter acontecido no início de setembro — está marcada para o final do mês. Na quarta-feira a ministra da Justiça recusou-se a tecer comentários sobre a situação. “Depois do que sucedeu não me vou comprometer com uma data”, declarou.

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