Os Estados Unidos emitiram um aviso aos viajantes e residentes norte-americanos em Moçambique para o risco de violência durante o período eleitoral no país, sobretudo nos dias anteriores e seguintes à votação agendada para 15 de outubro.

Embora não preveja violência generalizada, o aviso do Departamento de Estado, em vigor entre 18 de setembro e 30 de outubro, salienta que, dependendo dos resultados, “a instabilidade e potencial para a violência podem aumentar imediatamente após as eleições”. O aviso lembra que “os períodos eleitorais implicam habitualmente manifestações que podem tornar-se violentas e o uso da força pelos serviços de segurança”, pelo que recomenda aos cidadãos norte-americanos que considerem se a sua viagem é mesmo necessária, sobretudo na semana que antecede a votação e nos dias posteriores.

Um aviso anterior das autoridades norte-americanas, emitido a 3 de setembro na véspera da chegada a Maputo de Afonso Dhlakama, líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), o maior partido de oposição, mencionava a “ausência de indicações de que a campanha este ano pode tornar-se violenta”, embora as outras eleições tivessem registado violência localizada.

A campanha para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) começou a 31 de agosto e tem vindo a registar vários casos de violência, que levaram o presidente da Comissão Nacional de Eleições, numa declaração à nação na quinta-feira, a apelar para a tolerância e respeito mútuo entre os partidos.

As eleições gerais acontecem pouco tempo depois de um acordo de paz, celebrado a 5 de setembro pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo líder da Renamo, ao fim de mais de um ano e meio de confrontações militares na região centro de Moçambique.

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