O primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, anunciou o envio de aviões de combate para o Iraque, durante um período máximo de seis meses, para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Harper fez o anúncio no parlamento, adiantando que o Canadá vai enviar um máximo de seis bombardeiros Hornet CF-18, um avião cisterna para o reabastecimento do voo, dois aviões Aurora de vigilância e pessoal necessário para a área de operações e manutenção. Além disso, o governo canadiano alargará a missão de 69 membros das forças especiais que atuam no norte do Iraque para apoiar as forças locais que lutam contra os combatentes do Estado Islâmico (EI).

Numa moção apresentada perante a Câmara Baixa do parlamento, o executivo de Otava garantiu que não enviará forças terrestres para lutar contra o EI, adiantando que a missão terá um período máximo de seis meses. A moção que irá autorizar o envio dos aviões de combate será votada na segunda-feira. Os principais partidos de oposição, o Novo Partido Democrático (NPD) e o Partido Liberal (PL) já avisaram que vão rejeitar a operação militar.

Os aviões de combate canadianos só irão atuar no Iraque porque as autoridades de Bagdade autorizaram o envio de militares estrangeiros na luta contra os combatentes do Estado Islâmico. Harper descartou igual intervenção na Síria, explicando que Damasco não deu autorização para os bombardeamentos. O Partido Conservador de Harper conta com maioria absoluta no parlamento, pelo que esta missão militar será aprovada.

O primeiro-ministro justificou a missão de combate com o argumento de que, se o grupo jihadista não for combatido, “a única coisa que fará esta ameaça terrorista será crescer rapidamente”. Enquanto Governo, “sabemos que a nossa maior responsabilidade é proteger os canadianos e defender os nossos cidadãos daqueles que lhes querem infligir algum dano”, concluiu.

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