Depois de uma semana intensa, o número de manifestantes pró-democracia nas ruas de Hong Kong diminuiu hoje, ao mesmo tempo que foi aberta a porta para o diálogo com o Governo.

De acordo com a AFP, entre 200 a 300 manifestantes estavam hoje de manhã nos três principais locais da cidade onde, desde dia 28 de setembro, se juntaram dezenas de milhares de pessoas.

Já na segunda-feira a cidade voltava a uma relativa normalidade, com a maioria dos funcionários a regressar ao trabalho (depois de uma Semana Dourada de feriados), as escolas a reabrir e o fim do bloqueio à sede do Governo, onde cerca de 3.000 pessoas puderam voltar a ocupar os seus postos.

Ainda assim, algumas rotas de autocarros continuam desviadas devido às barreiras que se mantêm nas ruas. Como consequência, a circulação automóvel é lenta, com muitos engarrafamentos.

O movimento pró-democracia conseguiu atrair um vasto apoio da opinião pública, mas após oito dias de paralisação, o descontentamento começou a fazer-se sentir, descreve a AFP.

Os estudantes, que na segunda-feira à noite se encontraram com um representante do Governo para “discussões preliminares” sobre a abertura de um diálogo oficial, aceitaram iniciar uma negociação.

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“Vamos ter várias rondas de negociação”, explicou Lester Shum, secretário-geral adjunto da Federação de Estudantes de Hong Kong, uma das organizações que lidera o movimento.

Já Ray Lau, responsável pelos assuntos constitucionais e da China continental, manifestou “esperança” que se possa “exprimir o respeito mútuo” durante estas discussões.

Ray Lau deve hoje encontrar-se com os estudantes para fixar uma data e local para a abertura das conversações a serem realizadas com a número dois do Executivo local, Carrie Lam.