A Direção Geral de Saúde (DGS) está a analisar a necessidade de aumentar a exigência das regras de segurança nos hospitais portugueses, assim como o reforço dos mecanismos de comunicação, na sequência do contágio de uma enfermeira espanhola com Ébola.

“Estamos a rever, com especialistas portugueses, as normas que foram emitidas em Portugal”, avançou à Lusa, esta manhã, o diretor-geral de Saúde, Francisco George.

“Não sabemos se [essas normas] terão de ser ou não alteradas no sentido da maior exigência – se é que é possível maior exigência – em relação sobretudo à frente hospitalar”, acrescentou, escusando-se a adiantar pormenores “enquanto os especialistas não terminarem a revisão das normas que tinham sido emitidas”.

Esta manhã a DGS já emitiu um comunicado onde refere precisamente que “está a ser equacionado o reforço dos mecanismos de comunicação perto dos serviços de saúde e da população”, bem como se está a “analisar os normativos existentes no âmbito da biossegurança, nomeadamente naquilo a que se refere aos equipamentos de proteção individual a utilizar pelos profissionais de saúde (…) bem como os procedimentos laboratoriais.

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Estas reuniões já estavam programadas mas a análise à necessidade de mudar as normas de segurança torna-se mais pertinente depois de, na segunda-feira, ter sido confirmado que uma enfermeira espanhola foi contagiada com o vírus do ébola. A mesma enfermeira que cuidou do missionário Manuel Garcia Viejo, vítima mortal de ébola no dia 25 de setembro, num hospital madrileno.

Trata-se do primeiro caso de contágio deste vírus na Europa, que já matou mais de 3.000 pessoas na África Ocidental.