Para já, o único caso de contágio do ébola confirmado em Espanha é o da enfermeira que tratou do missionário Manuel García Viejo, que morreu vítima de ébola no passado dia 25 de setembro, num hospital madrileno. Mas há três outras suspeitas de contágio: o marido da enfermeira, uma outra enfermeira também do Hospital Carlos III e um nigeriano. Os três estão neste momento isolados. Além destes, há mais 52 pessoas sob vigilância, escreve o El País.
O marido da enfermeira infetada com o vírus é o caso que mais preocupa as autoridades espanholas, por ter tido um maior contacto com a mesma, embora não apresente sintomas. A outra enfermeira que está isolada sob suspeita de contágio também trabalha no hospital Carlos III e embora não tenha febre, teve diarreia. Em relação ao paciente proveniente da Nigéria, que chegou ao país com febre, o primeiro teste deu negativo. Quarta-feira será submetido a um segundo teste e caso dê novamente negativo terá alta.
Quanto às 52 pessoas sob vigia, 22 tiveram em contacto com a enfermeira Teresa no hospital de Alcorcón e 30 no Hospital Carlos III e têm de vigiar a febre duas vezes ao dia. Permanecerão sob vigilância durante 21 dias, ou seja, até que termine o período de incubação da doença.
De lembrar que o Hospital Carlos III recebeu dois casos de ébola, dos missionários Miguel Pajares e Manuel García Viejo, repatriados de África onde contraíram a doença e que acabaram por morrer em Madrid. Ainda na segunda-feira à noite o pessoal do Hospital Carlos III denunciou que as fardas com que os profissionais de saúde desse mesmo hospital atenderam os sacerdotes espanhóis não cumpriam as regras de segurança necessárias.
As autoridades espanholas estão a investigar, nomeadamente a instituição hospitalar Carlos III, e Bruxelas já pediu “esclarecimentos” ao Ministério da Saúde espanhol sobre este caso.
O diretor regional da OMS, Luis Sambo, disse esta terça-feira de manhã que ainda assim não há razões de pânico na Europa. Repetindo a ideia que a Comissão Europeia já tinha partilhado.
A enfermeira está neste momento estabilizada, de acordo com o diretor do Hospital Carlos III, Rafael Pérez-Santamarina, que reafirma que a instituição sempre cumpriu com as normas de segurança.