Poiares Maduro falava quinta-feira na assinatura de um contrato de cooperação institucional entre a Universidade de Aveiro e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, que agrega 11 municípios.

O ministro apontou “a fragmentação das intervenções” financiadas pelo Quadro Comunitário de Apoio anterior como um erro a não repetir, pelo que deve prevalecer uma perspetiva integrada, até porque “há intervenções que só são eficazes à escala supra municipal”.

A coesão social, disse, será um dos eixos prioritários dos novos fundos, em que o papel dos municípios terá maior importância, quer porque os fundos “vão apoiar ações no domínio imaterial”, quer porque a sua aplicação “vai ser articulada com estratégias de descentralização na Saúde e Educação”.

Poiares Maduro salientou a necessidade de “promover a cooperação e o aproveitamento de sinergias” entre instituições públicas, mas também com privados, e referiu-se à oportunidade de o país aproveitar os novos fundos para vencer os desafios da coesão social e do aumento da competitividade e internacionalização.

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A aposta deve ser, defendeu, numa “competitividade inteligente que valorize os fatores diferenciadores do território, porque são esses que permitem resistir a pressões de deslocalização e à concorrência de mão-de-obra barata”.

Tal necessita “da capacitação dos atores”, o que “será fortemente apoiado” pelo novo Quadro Comunitário de Apoio, mas também de uma “maior transferência de conhecimento entre o sistema científico e as universidades”, por um lado, e as empresas e o próprio Estado, por outro.

O reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, sumariou o já longo caminho percorrido de cooperação entre a Universidade e os municípios associados, “num trabalho conjunto que começou com o programa Aveiro Digital”, e considerou o contrato de parceria como “um compromisso político da maior importância, que consolida uma nova cultura de relacionamento”.

O presidente da Comunidade Intermunicipal, Ribau Esteves, descreveu os cinco eixos do contrato de parceria, para aprofundar e tirar proveito da estratégia regional de eficiência coletiva. São eles a inovação e empreendedorismo, a valorização dos recursos naturais da região, a inclusão e reforço das comunidades, a aposta no território ao nível da mobilidade e transportes, e a qualificação da governação e prestação de serviços públicos.