O Novo Banco já tem uma solução para desbloquear centenas de milhões de euros que os seus clientes de retalho aplicaram em dívida do Banco Espírito Santo através de contratos de gestão discricionária de carteiras (GDC). A proposta, que está nas mãos do Banco do Portugal para receber autorização do supervisor, prevê que estes investimentos passem para depósitos a prazo, noticia esta quinta-feira o Jornal de Negócios.

A solução para desbloquear estes produtos será semelhante à que foi dada aos investimentos nas chamadas séries comerciais. O BES colocou junto dos clientes de retalho obrigações não subordinadas emitidas pelo banco ou por entidades por si controladas, a preços superiores ao do valor de emissão. Em causa estão títulos de muito longo prazo e relativamente aos quais foram criadas expectativas de liquidez, escreve o jornal.

A solução do Novo Banco prevê a venda dos títulos que os clientes têm em carteira, sendo quase certo que o encaixe desta alienação ficará abaixo do valor investido pelos clientes. Para compensar esta diferença, a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha propõe a aplicação desta receita num depósito a 36 meses, que paga uma taxa de juro crescente, que começa em 2% no primeiro ano e chega a 4,25% no último exercício, resultando numa taxa média de 2,71%.

Caso os clientes aceitem a proposta, o Novo Banco compromete-se a constituir um segundo depósito com um prazo de dez anos, no valor correspondente a 75% da diferença entre o capital inicialmente investido e o resultado da venda dos títulos. Esta aplicação paga uma taxa de juro de 4,25% ao ano, nota o jornal.

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