“Otimismo, com cautela”. Foi o que Bruce Aylward, adjunto do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), pediu esta quarta-feira numa conferência de imprensa a propósito dos novos dados que apontam para uma redução do número de casos de contágio do ébola na Libéria, o país mais afetado pela epidemia.

Segundo o El País, passou-se de uma taxa de crescimento semanal de novos casos de contágio de 30%, em setembro, para uma taxa de crescimento semanal de 8% nas três últimas semanas de outubro. Além disso, haverá camas livres para receber casos de ébola.

“Sim, estamos a assistir a uma desaceleração de novos casos, sem dúvida”, garantiu Bruce Aylward, explicando que houve um enorme esforço de sensibilização da população naquele país, bem como muito trabalho no sentido de aumentar o número de funerais seguros e melhoria das instalações de saúde.

Contudo, o responsável da OMS pediu cautela na leitura destes resultados dizendo que é preciso confirmá-los. Bruce Aylward recusou ainda qualquer sugestão de que a crise tenha acabado.

Aliás, o ébola continua a ganhar terreno em África. Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo adjunto do diretor-geral da OMS, estão já confirmados mais de 13.700 mil casos (mais três mil do que no balanço de sábado) e 5.000 mortes (contra as 4.900 divulgadas no sábado). Mas Aylward frisa que este aumento deve-se mais à contabilização de casos antigos do que novos casos relatados.

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