O movimento Anonymous atacou a página na Internet da Associação de Editores de Diários Espanhóis (AEDE), os quais classificou de “carteiristas da informação”, no mesmo dia em que o Congresso aprovou a reforma da Lei de Propriedade Intelectual. “Se pensais, carteiristas da informação, que, com a aprovação da norma por parte dos vossos amigos do corrupto Partido Popular, vão acabar com uma Internet livre e ao serviço dos cidadãos, não nos conhecem”, referiu o movimento Anonymous, na mensagem colocada no sítio da AEDE.

Na página oficial da AEDE, dominada pelo azul, além da sua informação habitual, constatava-se uma mensagem a verde intitulada “O 9 de Anonymous” dizia ainda que “nem os diários ao serviço da corrupção institucionalizada vendidos” conseguirão acabar “com uma rede livre”. “Os vossos advogados e mercenários tentaram proteger-vos de nós, mas nós somos uma ideia, não combatemos por um salário”, acrescentava o texto, ilustrado com uma imagem de um soldado, com um sinal de interrogação na cara.

Na mensagem, Anonymous deixou ainda um aviso: “Nunca estaremos longe dos vossos refúgios, servidores e painéis de controlo e documentos (dos que já fizemos uma bonita cópia)”. A agência noticiosa espanhola (Efe) tentou obter uma reação da AEDE junto da sede madrilena da associação, que desconhecia o ataque à sua página na Internet, que já não exibe o símbolo da Anonymous.

A reforma da Lei de Propriedade Intelectual, aprovada esta quinta-feira definitivamente pelo Congresso espanhol, consagra, entre outras medidas, o direito de as empresas editoras serem compensadas economicamente pelos agregadores de conteúdos e motores de busca pelo seu uso, uma compensação que será irrenunciável.

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