Os protestos pró-democracia não afetaram o ambiente de negócios de Hong Kong, diz o Banco Mundial, que no seu relatório anual publicado na quarta-feira colocou a cidade em terceiro lugar na lista dos locais onde é mais fácil fazer negócios.

“Neste momento, a campanha pró-democracia não parece estar a ter impacto na confiança empresarial”, disse Wendy Werner, responsável pela pasta do comércio e competitividade no Banco Mundial, citada pelo South China Morning Post.

O Banco Mundial publica todos os anos um relatório sobre o clima empresarial, medindo o ambiente regulatório para as pequenas e médias empresas.

“Temos de separar o impacto financeiro e económico das manifestações e o clima de negócios geral”, disse. “Para a campanha pró-democracia ter impacto nos nossos indicadores de ‘fazer negócios’ teria de ter mudado algo nas regras e regulações e na sua aplicação no que toca ao comércio, à abertura de negócios ou no registo de propriedades”, explicou.

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O relatório – que olha para 10 indicadores como a velocidade e custo para a obtenção de crédito, licenças de construção e pagamento de impostos em 189 países no ano que terminou em junho – não mede a estabilidade do mercado ou a confiança dos investidores.

“Daquilo que podemos observar, desde que a transparência se mantenha forte, haja boas regras de gestão empresarial, e tenhamos regras e regulações amigas dos negócios, o clima de investimento deve manter-se intacto, e esse parece ser o caso agora [em Hong Kong]”, disse Werner.

Nos últimos quatro anos Hong Kong tem ficado atrás de Singapura como o local mais fácil para se fazer negócios. Este ano caiu para terceiro lugar, depois da Nova Zelândia.