Os deputados do PSD Mendes Bota e Elsa Cordeiro questionaram o Governo sobre a alegada intenção de extinguir o Regimento de Infantaria de Tavira e defenderam a manutenção da presença do exército português no sul.

Em comunicado, os parlamentares mostraram-se preocupados com a “possível desertificação militar a sul do país” e questionaram o Ministério da Defesa Nacional sobre a alegada intenção de tornar o regimento em destacamento e, numa segunda fase, encerrar o Quartel da Atalaia, desguarnecendo todo o sul do País de efetivo militar.

De acordo com os deputados, desde a sua fixação no Quartel da Atalaia que o Regimento de Infantaria n.º 1 tem desempenhado “um papel estratégico” em matéria de ações de vigilância e combate a incêndios florestais, sendo reconhecida, pelos algarvios, “a importância da instituição militar” na região, que tem contribuído para o desenvolvimento regional.

Os parlamentares recordaram que, no caso de Tavira, a tradição militar remonta ao ano de 1640, quando a cidade passou a ser guarnecida por um destacamento de um dos dois regimentos do Algarve.

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O Regimento de Infantaria n.º 1 foi transferido para o Quartel da Atalaia, em Tavira, a 01 de Abril de 2008, após o quartel ter estado vários anos sem atividade operacional ou de instrução.

Segundo Mendes Bota e Elsa Cordeiro, nesta altura, um conjunto de oficiais, sargentos e praças foram transferidos, tendo-lhe sido cometida a tarefa de estabelecer a cadeia inicial de comando do regimento e iniciar a organização interna da unidade.

A construção deste quartel remonta a 1795, por ordem de D. Maria I, para ali instalar o Regimento da Praça de Tavira, tendo desde então sido ocupado por unidades militares.

Esteve prevista a sua extinção, em 2006, no âmbito da reestruturação do Exército, para posterior alienação, o que não se veio a concretizar.