O país anfitrião da Taça das Nações Africanas em futebol (CAN), Marrocos, reiterou neste sábado um pedido de adiamento da prova, prevista para janeiro e fevereiro de 2015, devido aos riscos associados à epidemia de Ébola em África.

Um comunicado divulgado pelo ministério do Desporto de Marrocos indica que o país decidiu pedir um adiamento da prova de 2015 para 2016, ao ver-se confrontado com um “caso de ‘força maior’ estritamente relacionado com questões de saúde”. Os contratos costumam prever uma ou mais condições de “força maior” [force majeure, na designação habitual], que surge quando um determinado acontecimento, de caráter extraordinário, escapa ao controlo dos signatários.

No entanto, o comunicado do governo marroquino não responde a um ultimato feito pela Confederação Africana de Futebol (CAF), que tinha dado até hoje às autoridades do país para dizerem se organizam o torneio ou não, caso este se mantenha de 17 de janeiro a 8 de fevereiro. Marrocos já tinha pedido à CAF para que alterasse a data do torneio, mas a entidade que gere o futebol em África recusou. A CAF vai reunir-se na terça-feira para abordar este tema.

A epidemia de febre hemorrágica Ébola já matou quase cinco mil pessoas pessoas em oito países, de um total de 13.268 casos identificados, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS). Este balanço, com dados recolhidos até 04 de novembro, precisou que 4.960 pessoas perderam a vida na sequência da infeção com o vírus Ébola em oito países: Libéria, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Nigéria, Senegal, Mali, Estados Unidos e Espanha.

A Libéria (2.766 mortos em 6.619 casos), a Serra Leoa (1.130 mortos em 4.862 casos) e a Guiné-Conacri (1.054 mortos em 1.760 casos) continuam a ser os países mais atingidos pela atual epidemia que afeta a região da África Ocidental.

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