Este domingo, a Catalunha está a responder se quer ou não ser independente, mas há cinco municípios onde não se vota: Pontons, Horta de Sant Joan, Arres, Canejan e Bausen. As autoridades locais destas cidades não apoiam a votação e por isso não cederam nenhuma instalação pública para a realização da consulta, mas concordaram em alugar autocarros para que os seus habitantes se deslocassem ao ponto mais próximo desta consulta popular. Às urnas já foi o lendário jogador e treinador do Barcelona – atualmente no Bayern de Munique -, Pepe Guardiola, e da Moncloa, o primeiro-ministro já fez saber que considera a consulta um ato “antidemocrático”.

Em Pontons, segundo o El Pais, Lluís Fernando Caldentey, presidente da câmara eleito pelo PP com maioria absoluta, a votação é “um teatro” e o executivo local recusou-se por isso a ceder instalações e pessoal para acompanhar esta consulta que apesar de não ter qualquer validade legal, já levou mais de um milhão de pessoas à urnas nesta manhã.

Foram então os habitantes de Pontons que pediram à autarquia que organizasse a votação numa praça da cidades e com este pedido recusado, Caldentey foi obrigado a alugar um pequeno autocarro que levasse as pessoas que quisessem ir à consulta à cidade mais próxima.

Já Pep Guardiola que votou durante a tarde em Santpedor, não desvendou o seu sentido de voto, mas disse querer fazer parte do dia histórico para a região, na esperança que “dias melhores cheguem” e que é importante que as pessoas expressem as suas preferências, apesar de não ter a certeza que a maioria dos catalães prefira a independência.

Os partidos UPyD e Plataforma per Catalunya tentaram travar a consulta através de uma petição entregue nos tribunais de Barcelona. O pedido visava, como medidas preventivas, a retirada das urnas e o encerramento dos locais de voto. No entanto, as autoridades judiciais consideraram esta tarde que “não havia razões de urgência” para dar seguimento ao pedido e não vão agir.

Em Madrid, Rajoy fez saber através de fontes do seu gabinete que esta consulta popular é “um exercício anti-democrático e inútil, sem quaisquer efeitos jurídicos”. O primeiro-ministro tem sido informado ao minuto do avanço das votações na Catalunha.

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