Teresa Romero, a auxiliar de enfermagem que esteve internada 25 dias depois de ter contraído o vírus do ébola, vai processar o diretor de Saúde de Madrid por difamação. A espanhola vai pedir uma indemnização de 150 mil euros por considerar que a sua honra foi posta em causa. E vai apresentar também uma reclamação pela morte do seu cão, que as autoridades acharam que podia representar um perigo para a saúde pública.

Em causa estão as declarações de Javier Rodríguez que, poucos dias depois do internamento de Teresa Romero no Hospital Carlos III, em Madrid, acusou a auxiliar de enfermagem de ter violado o protocolo de segurança definido para a limitação do contágio, ao ter “mentido” sobre o seu estado de saúde. O diretor de Saúde afirmou, também, que Teresa Romero terá “ocultado” o facto de ter estado em contacto com o missionário Manuel García Viejo – a fonte de contágio que acabou por falecer em África.

Segundo o jornal espanhol EL Mundo, Teresa Romero, que entretanto já saiu do hospital depois de vencer a batalha contra o ébola, vai tentar chegar a acordo com o diretor de Saúde de Madrid para o pagamento da quantia exigida. Se o acordo entre as partes não acontecer, Teresa Romero vai avançar com uma interposição de uma ação judicial, por considerar que a sua honra e o seu bom nome foram postos em causa.

Os advogados da auxiliar de enfermagem já revelaram que os 150 mil euros serão destinados a várias Organizações Não Governamentais (ONG’s), principalmente às que se dedicam à causa da defesa dos animais. A esta decisão não será estranho o facto de o cão da auxiliar de enfermagem ter sido abatido pelos serviços sanitários sem que houvesse provas concretas de que o animal pudesse estar contagiado e se representava, ou não, um perigo real para os seres humanos.

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