Os deputados britânicos vão votar esta semana uma moção que, caso aprovada, obriga as empresas a mostrar quanto pagam aos seus trabalhadores de modo a verificar a disparidade salarial entre homens e mulheres e corrigi-la. A proposta é dos trabalhistas e quer obrigar que este procedimento se verifique em todas as empresas com mais de 250 trabalhadores.

Esta proposta vem na sequência da constatação que as mulheres britânicas ganham apenas 81 pence de cada libra ganha por um trabalhador masculino. Algumas estatísticas citadas pelo The Guardian mostram que no Reino Unido, as mulheres em profissões ligadas à justiça, finanças e jornalismo perdem cerca de 213 mil libras, quase 270 mil euros, durante a sua carreira, enquanto que noutras ocupações como o ensino, as professoras perdem cerca de 154 mil libras, quase 200 mil euros, face aos homens e as mulheres que trabalham no comércio perdem 106 mil libras, mais de 130 mil euros.

A transparência salarial pode ser uma forma de combater a desigualdade entre o que ganham homens e mulheres. Esta é uma ideia apoiada pelos trabalhistas como explicou ao The Guardian a deputada Gloria De Piero: “As mulheres estão a perder milhares de libras porque ainda ganham menos que os homens durante toda a sua carreira”. Empresas como a PricewaterhouseCoopers e a Genesis Housings já publicam os seus salários e já puseram a nu a sua disparidade salarial. Representantes destas empresas vão juntar-se a várias associações que defendem a igualdade salarial na terça-feira junto a Westminster num encontro que visa alertar o parlamento e o governo para a importância da igualdade salarial.

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