Cinco concertos, aos quais se juntam duas apresentações para os mais novos, compõem a temporada que o músico David Santos, conhecido como Noiserv, protagoniza a partir de terça-feira, no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa. Esta curta temporada decorrerá até sábado, no Jardim de Inverno daquele teatro, sempre ao final da tarde (18h30). No sábado e no domingo, o músico fará dois “mini-concertos em versão conversada” a pensar em crianças e jovens, a convite da direção do teatro municipal, que tem procurado fazer uma programação transversal a vários públicos.

Noiserv regressa ao São Luiz praticamente um ano depois de ter lá estreado as canções do álbum “Almost Visible Orchestra” (2013) e que tem servido de base para a atual digressão pelo país. “Almost Visible Orchestra” é o segundo e mais complexo disco do músico que em 2004, aos 22 anos, começou por compor canções simples numa guitarra acústica, que adotou o nome Noiserv e que gravou um ano depois o EP “56010-92”.

Depois daquele EP inicial, David Santos editou o álbum “One hundred miles from thoughtlessness” (2008), o EP “A day in the day of the days” (2010), despediu-se de uma carreira na engenharia eletrotécnica e dedicou-se em exclusivo à música.

Há um mês editou o primeiro DVD, “Everything should be perfect even if no one’s there”, gravado no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, que sintetiza o alinhamento da atual digressão e ilustra a forma como o músico está em palco, rodeado de muitos instrumentos.

David Santos, que também integra o grupo You Can’t Win Charlie Brown, já compôs para teatro, cinema e dança – trabalhou, por exemplo, com Miguel Gonçalves Mendes, Rui Horta e Marco Martins -, e em outubro, a convite do festival Bang, preparou uma série de atuações destinada aos mais pequenos, na iniciativa “Quarto dos músicos”.

Quando saiu o álbum “Almost Visible Orchestra”, David Santos explicou à agência Lusa que o ciclo de uma canção só se fecha quando as pessoas a ouvirem e se apoderarem dela: “Eu gostar [de uma canção] é metade do processo. A outra metade é as pessoas gostarem também. Só assim é que a música faz sentido. Se as pessoas não gostarem, senti que a música não fez o que tinha a fazer”.

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