Carros, televisões, eletrodomésticos, mobília. Os russos estão a invadir as lojas para comprar produtos mais caros e assim prevenirem-se contra o aumento exponencial nas lojas em todo o país devido à pronunciada queda do rublo nos últimos dias.
Nos últimos dois dias o rublo desvalorizou 15% face ao dólar. O banco central da Rússia admite que o cenário é preocupante e algumas lojas já estão a avisar que vão começar a aumentar os preços.
A gigante sueca de produtos para a casa Ikea disse esta quarta-feira que a partir de quinta-feira, amanhã, os preços vão subir. O resultado: longas filas de consumidores russos a tentarem fugir aos aumentos nos preços dos produtos importados, comprando bens duradouros.
Algumas lojas estão a bater recordes de vendas e outras já suspenderam mesmo as operações online para o país. Este é o caso da Apple que, com receio que o rublo continue a cair de forma pronunciada suspendeu as vendas online.
Os receios vão mais longe. “Esta é uma situação muito perigosa, estamos a apenas uns dias de uma completa corrida aos bancos”, diz o editorial do principal jornal económico russo, o Vedomosti.
A maioria dos russos não tem dinheiro para comprar terrenos ou imobiliário, como tal está a comprar bens duradouros como forma de investimento.
A MacDonald’s, a Fiat, a Cupertino, a Oak Brook, a Oriflame, a Pepsi ou a construtora automóvel chinesa Geely são apenas algumas das empresas que já anunciaram que vão aumentar os preços em reação à queda do rublo.