Filipa Vacondeus, chef de cozinha e escritora de livros gastronómicos, morreu esta manhã no Hospital Pulido Valente, em Lisboa.

A morte foi anunciada pelo amigo Herman José no programa Há Tarde, na RTP, onde lamentou não ter podido ter feito um programa com a cozinheira, pedindo ao público que a homenageasse “com uma salva de palmas”. A editora, Matéria Prima, onde ultimamente publicava os livros, também já confirmou a notícia.

“Ela já estava há alguns meses doente e, a seguir ao Natal, foi internada no Hospital Pulido Valente e hoje [a evolução da doença] terminou da pior maneira”, disse Liliana Valpaços.

Foi o fim de uma carreira de 30 anos, que marcou uma geração. Filipa Vacondeus ficou conhecida pelos seus programas e receitas, mas começou a sua carreira num cenário muito diferente, como hospedeira de bordo da TAP. Pelo meio foi assessora de Turismo de presidente da junta da Costa do Sul, em Lisboa, e secretária da administração de uma fábrica de montagem de automóveis em Setúbal.

Apenas em 1981 começou aquela que viria a ser uma das mais emblemáticas carreiras da televisão portuguesa. Essa foi a alavanca de que precisou para os livros onde sempre partilhava as suas receitas.

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A última aparição televisiva foi no canal 24Kitchen no programa À Boleia com Filipa Gomes. Filipa não falava para as telespectadoras, falava para as “amigas” como chamava carinhosamente aquelas que a seguiam. Ensinava a cozinhar para todas as ocasiões, e provou ter uma legião de fãs quando começou a ser a cara da Ideal Casa onde vendia acessórios de cozinha.

A simpatia e jovialidade ficarão sempre como assinatura dos seus programas, que Herman José caricaturou no programa Tal Canal, com autorização da própria.

José Avillez, o chef português premiado com duas estrelas Michelin, já fez referência morte da colega na sua página oficial de Facebook.

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