Carlos Tavares defendeu, a dois dias do final do ano, que a assembleia-geral da PT deveria ser adiada. Segundo o Jornal de Negócios, o presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) escreveu ao presidente da mesa da assembleia-geral da PT SGPS a recomendar a António Menezes Cordeiro o adiamento da assembleia-geral da PT SGPS. Isto porque não estavam reunidas as condições para que os acionistas tivessem informação fundamental a tempo útil para que pudessem votar a venda da PT Portugal.

O Jornal de Negócios teve acesso à carta de quatro páginas enviada por Carlos Tavares a António Menezes Cordeiro, data de 30 de dezembro. “Apesar dos pedidos de esclarecimento solicitados pela CMVM à PT, verifica-se não ter sido até ao momento apresentada informação essencial, para uma decisão fundamentada”, dizia Carlos Tavares. Para o presidente da CMVM, a informação pouco clara sobre as consequências da venda da PT Portugal na combinação de negócios e a falta do relatório da PwC eram razões suficientes para o adiamento da AG. A auditoria foi, entretanto, entregue à CMVM e publicada na noite de quinta-feira no site da CMVM.

Na quarta-feira, o Diário Económico escreveu que a assembleia-geral de acionistas da PT SGPS agendada para a próxima semana, dia 12 de janeiro, poderia ser adiada. O jornal avança que o presidente da mesa, António Menezes Cordeiro, está a fazer contactos com os principais acionistas para avaliar esta possibilidade, já que a auditoria da PwC às relações entre a operadora e o Grupo Espírito Santo (GES) não foi, ainda, divulgada. E, mesmo que o seja nos próximos dias, já não irá a tempo de ser incluída na documentação essencial para os participantes no encontro de acionistas.

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