A esperança em encontrar sobreviventes entre os 12 desaparecidos no naufrágio de um navio de transporte em Cabo Verde é cada vez menor, disse neste domingo à agência Lusa o presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil cabo-verdiano, Arlindo Lima.

“É trágico. Desde sábado que não encontramos ninguém, nem um corpo. A esperança de encontrar sobreviventes é cada vez menor, apesar de as buscas continuarem a efetuar-se ininterruptamente”, afirmou Arlindo Lima. “Se não encontrarmos mais sobreviventes espero que possamos pelo menos resgatar os corpos que ainda estão no mar”, acrescentou.

Arlindo Lima salientou que as buscas com meios aéreos e navais foram retomadas na manhã deste domingo e, até o momento, não foram encontrados mais corpos. Já foram resgatadas com vida 11 pessoas e há um morto confirmado oficialmente.

O navio Vicente afundou na noite desta quinta-feira a cerca de seis quilómetros do porto de Vale dos Cavaleiros, na ilha cabo-verdiana do Fogo. As causas do naufrágio estão a ser investigadas.

Este foi o quinto incidente com barcos em Cabo Verde em pouco mais de um ano. O primeiro aconteceu em setembro de 2013, quando o navio de carga Rotterdam, com seis tripulantes a bordo, desapareceu horas depois de ter saído do porto da Cidade da Praia. Seguiram-se a colisão do navio de transporte de passageiros Sal-Rei com o navio de combustíveis Cipreia em outubro de 2013 e o encalhe do navio Pentalina-B na praia de Moia-Moia em julho de 2014 e do navio de combustível John Miller na ilha da Boavista em agosto de 2014.

 

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