Um militar francês internado em Madrid devido ao acidente com um caça grego em Albacete morreu hoje na sequência de graves queimaduras, elevando para 11 as vítimas mortais do desastre, anunciou o Governo espanhol.

O militar francês, François Combourie, estava internado – com outros três franceses e um italiano – na unidade de queimados do Hospital de La Paz, em Madrid. Os restantes feridos em Madrid, indicou o ministério da defesa espanhol em comunicado, continuam “estáveis, dentro de um quadro de gravidade”.

O acidente aconteceu na tarde de segunda-feira na base aérea de Los Llanos, em Albacete, quando um F-16 tripulado por dois capitães gregos se despenhou sobre uma fileira de aviões estacionados, com os depósitos cheios de combustível, com mecânicos em volta e alguns prontos a descolar. Os aparelhos não levavam munições.

Por razões que ainda se desconhecem, o F-16 perdeu potência ao descolar e caiu sobre uma zona com vários aparelhos que – à semelhança do avião grego – participavam no curso Tactical Leadership Programme (TLP) da NATO.

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A morte de François Combourie eleva para onze o número de vítimas mortais, os dois pilotos gregos do F-16 e nove franceses.

Outros dois militares franceses estão internados num hospital de Albacete, em estado “grave”, mas estável.

Cinco feridos italianos estão no hospital de Hellín, à espera de receber alta. Os restantes feridos – inicialmente registaram-se 21 feridos – receberam já alta.

O impacto do caça grego (que está equipado com um depósito de um combustível – a hidracina – especialmente para a descolagem) afetou várias aeronaves: dois AMX italianos, dois Alfa-Jet franceses e um Mirage 2000 francês. O incêndio que se seguiu ao choque foi dominado apenas uma hora depois, precisou o ministério da defesa espanhol.

Além da Grécia, França e Itália também participavam no curso da NATO militares dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Espanha.

O incidente na base de Los Llanos é o pior dos últimos anos na NATO fora de zonas de conflito.