A Sony anunciou esta quinta-feira que Amy Pascal, copresidente da empresa, apresentou a sua demissão na sequência do escândalo dos ataques informáticos contra o estúdio que expuseram e-mails internos onde Pascal fez comentários considerados racistas sobre os gostos cinematográficos de Barack Obama.

A notícia foi avançada pelo New York Times, que diz que Amy Pascal está há meses a renegociar o seu contrato, tendo optado por aceitar uma posição de produtora em alguns dos filmes mais aguardados da Sony.

Amy Pascal deverá deixar o cargo de liderança em maio, não tendo ainda sido apontado um sucessor.

Em dezembro, quando foram revelados alguns dos e-mails internos da Sony, uma troca de mensagens entre o produtor cinematográfico Scott Rudin e Amy Pascal deu que falar. Pascal falava com Rudin sobre um evento em que ela estaria presente e se encontraria com o presidente Obama.

“Que devo perguntar ao Presidente?”, questionava Pascal, acrescentando que poderia usar o filme Django Libertado (sobre a escravatura) como um bom tema de conversa. Rudin disse-lhe que falasse também sobre 12 Anos Escravo (igualmente sobre escravatura). A troca de e-mails prosseguiu com mais sugestões de filmes sobre afro-americanos.

Pascal disse depois, num comunicado, que o conteúdo dos e-mails era “insensível e desapropriado”, não refletindo, no entanto, a sua “verdadeira pessoa”, disse. “Apesar de isto ser uma conversa privada que foi roubada, aceito total responsabilidade por aquilo que escrevi e peço desculpa a quem posso ter ofendido”.

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