Representantes de 195 países começaram hoje em Genebra, na Suíça, uma nova ronda de negociações para elaborar um texto base de negociação para um acordo global de luta contra as alterações climáticas.

No final do ano passado, em Lima, capital do Peru, os responsáveis governamentais de todo o mundo reuniram-se para chegar a consensos nos objetivos e compromissos de redução dos gases com efeito de estufa, de modo a evitar as alterações climáticas e os fenómenos extremos, tendo produzido um texto de 38 páginas com as intenções de cada país e o que esperam das negociações.

Hoje, em Genebra, começou uma nova reunião com o objetivo de reduzir esse texto a um documento mais resumido que sirva de base para a negociação de um acordo mundial de redução de emissões, mais ambicioso, e que substitua o Protocolo de Quioto.

A chefe da delegação da União Europeia (UE), Elina Bardram, em conferência de imprensa, defendeu que para que as negociações sejam eficazes são necessários três requisitos: os países apresentem os seus compromissos, estabeleçam mecanismos para avaliar a implementação dos compromissos assumidos e criem sistemas de prestação de contas.

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“A UE já se comprometeu a cortar 40 por cento das suas emissões até 2030. Os restantes países devem tornar públicos os seus compromissos. Nós não dizemos que deve ser a mesma que a nossa, mas que deve ser real”, acrescentou.

“A UE é responsável por cerca de 8 e 9 por cento das emissões globais, a China 25 por cento. Eu acho que é claro que Pequim também deve fazer esforços”, adiantou.

Prevê-se que o ciclo de negociações termine na sexta-feira, dia 13.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou na semana passada que 2014 foi o ano mais quente desde que os registos começaram, confirmando a tendência de aumento do aquecimento global.