O secretário de Estado norte-americano John Kerry disse que os EUA estão a ponderar uma ajuda “adicional” para a Ucrânia, na sua luta contra os separatistas pró-russos no leste do país, e que privilegiam uma solução “política” para o conflito.

“Não tenho dúvidas de que vai haver uma ajuda suplementar, de tipo económico e sob outras formas, para a Ucrânia”, disse John Kerry em entrevista à estação NBC, em Munique, onde participou na 51.ª edição da Conferência de Segurança.

“E nós queremos dizer ainda que não será uma solução militar. A solução é política, diplomática”, acrescentou na entrevista que será hoje difundida na íntegra.

Durante a 51.ª edição da Conferência de Segurança de Munique, os dirigentes ocidentais condenaram por unanimidade o apoio da Rússia aos rebeldes na Ucrânia, mas mostraram-se divididos quanto ao fornecimento de armas ao exército ucraniano.

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Putin, por sua vez, disse que a Rússia não estava em guerra e que não quer guerra com ninguém, mas atacou as sanções ocidentais impostas à medida que a crise da Ucrânia se agravou.

“O Presidente Putin tem de tomar a decisão de saída”, disse Kerry.

“E nós temos que lhe fazer ver que estamos absolutamente comprometidos (em preservar) a soberania e integridade da Ucrânia, em qualquer situação”, acrescentou.

Os norte-americanos têm insistido que todas as partes devem depor as armas como primeiro passo para chegar a qualquer acordo.

A 51.ª edição da Conferência de Segurança de Munique, que se iniciou na sexta-feira e termina hoje, tem como tópicos centrais o colapso da ordem internacional, tendo em conta a crise na Ucrânia e as suas implicações na segurança europeia.