O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) divulgou neste domingo um vídeo que mostra alegadamente o momento da morte de 21 egípcios cristãos sequestrados na Líbia, avançou a agência espanhola EFE e outros jornais da região como o Daily Star, o Al Arabiya e o PressTV. No entanto, a agência francesa AFP confirma apenas a morte de uma dezena.
O vídeo, intitulado “Uma mensagem assinada com sangue à Nação da Cruz”, foi alegadamente filmado na costa de Wilayat Tarabulus na Líbia e afirma visar a “igreja egípcia hostil”por perseguir as mulheres muçulmanas.
Durante cinco minutos, é possível ver os militantes do EI vestidos de preto e com o rosto coberto. As vítimas usam vestes cor de laranja, similares àquelas que outros reféns executados por este grupo radical islâmico utilizam. Os militantes forçam as vítimas a caminhar numa praia, com as mãos algemadas atrás das costas, e em seguida, pedem para que se ajoelhem lado a lado antes da morte.
Uma captura do vídeo mostra a seguinte frase: “As pessoas da Cruz, seguidores da igreja egípcia hostil”. Em outro momento, um dos militante com uma faca na mão diz: “Segurança para vocês, invasores, é o único que podem desejar”.
No final das imagens, um dos militantes dirige-se à câmara para dizer que “quando o sangue dos cristãos entrar no mar será misturado com o sangue de Osama Bin Laden”. No plano seguinte, aparece sangue na água e o militante afirma que o grupo vai “conquistar Roma”.
O vídeo foi publicado em algumas páginas de apoio ao Estado Islâmico, apesar de a sua autenticidade não ter sido confirmada por nenhum órgão internacional. Alguns meios de comunicação que tiveram acesso às imagens publicaram alguns trechos do vídeo com legendas das intervenções dos terroristas nas redes sociais.
https://twitter.com/PzFeed/status/567040690044280833
http://twitter.com/PzFeed/status/567041919688400896
At the end of this Islamic State video on the Libyan seashore in Tripoli, leader turns to Italy and points to Rome pic.twitter.com/qwAKDtkxir
— Daniele Raineri (@DanieleRaineri) February 15, 2015
De acordo com o jornal Telegraph, as vítimas eram migrantes que estavam sequestrados desde o dia 4 de janeiro.
O ministro das Relações Internacionais do Egito, Sameh Shoukry, pediu para que os egípcios não viajem a Líbia e alertou aqueles que moram no país a permanecerem vigilantes e ficarem longe de áreas de tensão.