A cada apresentação anual do festival Rota das Estrelas o fenómeno repete-se: quem gosta mesmo de comer, e de comer bem, começa a fazer contas à vida ou a tentar poupar alguma coisa para investir em pelo menos uma das incríveis experiências gastronómicas que o evento costuma proporcionar.

Este ano não será exceção. Não só porque o leque de participantes continua de elevadíssimo calibre – nem podia ser de outra forma, tendo em conta o conceito do festival, que reúne chefs e restaurantes distinguidos com estrela Michelin – mas também porque pela primeira vez na sua existência a Rota das Estrelas salta além-fronteiras, mais concretamente até ao restaurante As Garzas, n’ A Corunha, do chef Fernando Agrasar. Mas isso só acontecerá em setembro e até lá muita louça irá rodar.

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Fernando Agrasar, chef do restaurante As Garzas.

Tal como em edições anteriores, a primeira paragem dá-se no Funchal, no restaurante Il Gallo D’Oro, do hotel The Cliff Bay, de 13 a 17 de março. O chef Benoît Sinthon vai receber uma autêntica equipa de futebol vestida de jaleca: são nada mais nada menos que onze chefs convidados, com destaque para o alemão Thomas Bühner, do restaurante La Vie, em Osnabrück, detentor de três estrelas Michelin, o holandês Michel van der Kroft, do ‘t Nonnetje (duas estrelas Michelin), ou o espanhol Erlantz Gorostiza do Martin Berasategui – Abama, também com duas estrelas.

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O Il Gallo D'Oro é a primeira escala da Rota das Estrelas 2015.

O Il Gallo D’Oro acolhe a primeira escala da Rota das Estrelas 2015.

Entre o restante painel de convidados desta primeira escala do festival também não faltam nomes mais familiares, dos responsáveis por algumas das melhores e mais criativas cozinhas do país: Ljubomir Stanisic (100 Maneiras), João Rodrigues (Feitoria), Dieter Koschina (Vila Joya) ou Joachim Koerper (Eleven), entre outros. Curiosa será também a presença de Miguel Gameiro — esse mesmo, o ex-vocalista dos Pólo Norte — apostado, ao que parece, em enveredar por uma carreira na cozinha: formou-se recentemente na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e estuda atualmente no instituto do célebre chef monegasco Alain Ducasse.

Do programa constam três momentos chave. Primeiro, no The Cliff Bay a 13 de março, pelas 19h00, acontece o Kitchen Alive. Trocando por miúdos: cada chef, colocado numa bancada individual, faz uma apresentação da sua cozinha e interage com os convidados, dicas gastronómicas incluídas, numa espécie de jantar volante de luxo, com música e vinhos à mistura. Custa 120€ por pessoa. Depois, nos dias 16 e 17 de março terão lugar os jantares de degustação, com menus preparados em conjunto pelos chefs presentes no evento. É coisa para custar entre 140 a 180€ por pessoa, dependendo do número de pratos (mínimo de seis). De resto, haverá ainda tempo e espaço para demonstrações, workshops, degustações diversas e até visitas guiadas.

No ano passado, o Kitchen Alive foi assim.

No Kitchen Alive, chefs e convidados convivem e trocam impressões. Em 2014 foi assim.

As restantes paragens do festival ainda não têm programa definido. Mas já têm datas e locais atribuídos, todos restaurantes com uma estrela Michelin. A saber:

24 e 25 de abrilL’And (chef Miguel Laffan), o restaurante do resort L’And Vineyards, em Montemor-o-Novo.
15 e 16 de maioFeitoria (chef João Rodrigues), o restaurante do Altis Belém, em Lisboa.
11 de setembroEleven (chef Joachim Koerper), no Jardim Amália Rodrigues, Parque Eduardo VII, Lisboa.
17 e 18 de setembroAs Garzas (chef Fernando Agrasar), em Porto Barizo, perto d’ A Corunha, em Espanha.
Outubro (data a definir)Pedro Lemos (do chef homónimo), na Foz do Douro, Porto.
17 de outubroLargo do Paço (chef Vítor Matos), o restaurante da Casa da Calçada – Relais & Châteaux, em Amarante.
6 e 7 de novembroThe Yeatman (chef Ricardo Costa), o restaurante do hotel com o mesmo nome, em Vila Nova de Gaia.
13 e 14 de novembroFortaleza do Guincho (chef Vincent Farges), o restaurante do hotel homónimo, na estrada do Guincho, em Cascais.