A indústria alemã avisa que a economia mundial não vai esperar pela Europa e que por isso, o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os Estados Unidos da América (TTIP), deve ser acelerado, para entrar em vigor rapidamente.

“A economia mundial está em constante mudança e o mundo não vai esperar pela Europa”, avisou neste domingo Ulrich Grillo, presidente da Federação de Indústrias alemã, equivalente à Confederação da Indústria Portuguesa. Segundo Grillo este acordo que vai permitir o livre comércio entre os Estados Unidos e os 28 Estados-membros da União deve ser acelerado, embora admita que o acordo entre os dois blocos – que caso se concretize, criará um dos maiores mercados do mundo – necessite de maior transparência.

“Os políticos, mas também a indústria, devem fazer muito mais trabalho para explicar o que é o TTIP”, disse Ulrich Grillo citado pela Bloomberg.

Este acordo, que vai na oitava ronda de negociações entre a Comissão Europeia, que representa todos os 28 Estados-membros, e altos funcionários do Governo norte-americano, tem encontrado muita resistência nos países nórdicos e da Europa Central, que temem que com a diminuição das taxas aduaneiras e com a equivalência de mínimos de qualidade e segurança, as empresas europeias e os cidadãos venham a se prejudicados.

Para ultrapassar estas dúvidas, o SPD, parceiro de coligação de Merkel, e a Federação de Indústrias alemã vão organizar esta segunda-feira um seminário em Berlim, onde uma das principais convidadas será Cecilia Malmstrom, comissária do Comércio.

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