O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, anunciou hoje que pretende alterar as leis de imigração e cidadania, e reprimir aqueles que promovem a violência extremista, como parte do reforço da luta do seu país contra o terrorismo islâmico.

“A ameaça terrorista aumenta no país e no exterior e torna-se mais difícil de combater”, sublinhou Tony Abbott a partir do quartel central da polícia federal australiana em Camberra.

O chefe do Executivo anunciou a resposta governamental a um relatório que analisou a estratégia antiterrorista do país.

Abbott disse que o seu Governo visa alterar as leis para revogar ou suspender a cidadania australiana às pessoas com dupla nacionalidade que estejam implicadas em atos terroristas.

No caso dos cidadãos australianos, vai ser avaliada a possibilidade de suspender alguns dos privilégios vinculados aos seus estatutos mediante “restrições às suas deslocações ao exterior ou eventual regresso à Austrália, assim como o acesso aos serviços consulares e às ajudas da segurança social”, disse.

O Governo australiano vai apresentar um projeto de lei para rejeitar o visto aos interessados que “destruam provas sobre a sua identidade” e evitar que as autoridades “deem o benefício de dúvida” aos suspeitos de terrorismo.

A Austrália elevou o alerta terrorista em setembro passado e desde então, cerca de 20 pessoas foram detidas em seis operações antiterroristas, informou Abbott, enquanto “pelo menos 110 australianos saíram do país para se juntarem ao culto da morte no Iraque e Síria e pelo menos 20 deles morreram”.

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